domingo, 10 de janeiro de 2010

MENINO

Arejado, claro, azul, como este domingo que hoje faz. Só ele, Mario Quintana, para traduzir esta leveza:

Parque

Domingo. Disponibilidade. Em todas as testas há um letreiro: ALUGA-SE ESTA CASA.
Sentado no banco, olho, por entre meus sapatos, a sombra mosqueada da luz:
essas moedinhas de sol que nunca se depreciam...

Delícia de fechar os olhos por um instante, e assim ficar, sozinho, fabricando escuro...
sabendo que existe a luz.



Poeminho do Contra

Todos esses que aí estão
atravancando meu caminho,
eles passarão...
eu passarinho!



Esta vida é uma estranha hospedaria,
De onde se parte quase sempre às tontas,
Pois nunca as nossas malas estão prontas,
E a nossa conta nunca está em dia.

3 comentários:

Unknown disse...

Quintana é doçura.
Agrego um Pessoa:
"Vão breves passando
Os dias que tenho.
Depois de passarem
Já não os apanho.
........
E entre hoje e esse dia
Farei o que fiz:
Ser qual eu quero ser,
Feliz ou infeliz."
Bjs

Lucca disse...

Mario Quintana é exemplo de que ninguem precisa ser complicado pra ser genial.

Dom disse...

Comentar Quintana com Cecília, é possível e universal...

"Aprendí com as Primaveras a me deixar cortar para poder voltar sempre inteira"

Cecília Meireles.